Estocagem na Fábrica

Os tubos sempre deverão ser convenientemente estocados nos pátios das fábricas, observando-se um tempo mínimo de cura antes do carregamento e transporte para a obra, evitando-se problemas nas aplicações com resistências inadequadas, principalmente no momento do fechamento da vala.

Recomenda-se que os tubos sejam estocados em pé, principalmente nos primeiros dias após a concretagem, evitando-se solicitações prematuras e fissuras. Caso sejam estocados deitados, observar o tempo mínimo de cura, limitando o número de unidades nas pilhas, que devem ser compatíveis com a idade e diâmetro do tubo. Recomenda-se nestes casos a utilização de madeiras convenientemente dispostas entre as pilhas, evitando-se o contato entre tubos e os possíveis danos físicos.

Carregamento
É preciso tomar as devidas precauções para que os tubos não sofram esforços superiores àqueles para os quais são calculados. Em muitas ocasiões os esforços de manipulação são superiores aos que o tubo estará sujeito em serviço, especialmente os esforços de flexão longitudinal.

No transporte, deve-se garantir a imobilidade transversal e longitudinal das peças, assim como o adequado empilhamento em camadas. Quando se utilizam cabos de aço para amarração, os tubos devem estar convenientemente protegidos nas bordas, para evitar danos superficiais que possam afetar negativamente sua durabilidade e funcionamento.
A manipulação e o apoio dos tubos devem ser executados de forma que as tensões produzidas nestas operações não superem 35% da resistência característica do concreto, nem a 50% da tensão máxima correspondente a carga de ruptura.

Os tubos deverão permanecer devidamente umedecidos e protegidos do sol, especialmente da ação dos ventos.

O carregamento dos tubos nos caminhões, para transporte até as obras, deverá ser feito por equipamento adequado, utilizando-se em muitos casos dispositivos projetados especificamente para esta finalidade.

No caso dos tubos destinados a águas pluviais, em função do seu menor comprimento, recomenda-se que o transporte seja feito com os tubos em pé, evitando-se mais uma vez as solicitações que possam provocar fissuras.

Para os tubos destinados a esgoto sanitário, em função do seu maior comprimento (na maioria dos casos têm 2,50 m), recomenda-se o transporte dos tubos deitados, sempre calçados e separados por vigas de madeiras o que, além de garantir a estabilidade da carga, evita os danos físicos com as movimentações durante o percurso de transporte.

Estocagem
Os tubos deverão ser descarregados o mais próximo possível do local de aplicação, de forma que possam ser movimentados com facilidade para onde serão instalados. No descarregamento, devem ser manipulados com acessórios adequados, tais como cabos de aço ou cintas apropriadas para içamento de cargas.

Em nenhuma hipótese deve-se laçar os tubos pelo diâmetro interno.
Recomenda-se que os tubos não sejam rolados e lançados sobre pneus ou diretamente no solo. Nem apoiados sobre pontos isolados da ponta e bolsa, e sim no corpo do tubo, quando estocados em posição horizontal.
Os tubos deverão preferencialmente ser estocados na posição vertical, desde que existam na obra condições de segurança para isto.

Durante a sua permanência na obra, antes de sua aplicação, os tubos deverão estar protegidos de ações ou elementos que possam danificá-los.
Deve-se também evitar que fiquem expostos por longos períodos a intempéries que possam causar secagem excessiva do concreto.